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Ficha Técnica do Ônibus
| Empresa |  Caraíbas Tur (BA) |
|---|---|
| Prefixo | 2023 |
| Carroceria | Paradiso G7 1200 |
| Chassis | Scania K360 IB 6x2 |
| Linha |
D/PARAMIRIM-BA P/MONTE APRAZÍVEL-SP
|
| Local |  Patos de Minas, Minas Gerais |
| Data | 16 de Outubro de 2024 |
Trajeto da Linha
Paramirim, Caraíbas, Itanagé, Livramento de Nossa Senhora, Brumado, Ibitira, Caetité, Guanambi, Pilões, Pindaí e Urandi.
Espinosa, Monte Azul, Mato Verde, Porteirinha, Janaúba, Montes Claros, Pirapora, Patos de Minas, Serra do Salitre, Araxá e Uberaba.
Igarapava, Ituverava, Orlândia, Ribeirão Preto, Sertãozinho, Pitangueiras, Bebedouro, Palmares Paulista, Catanduva, São José do Rio Preto, Mirassol, Bálsamo, Tanabi e Monte Aprazível. Vale destacar que, em muitas cidades, os embarques e desembarques acontecem em postos ou pontos de apoio. Também é comum que os ônibus realizem paradas para embarque em pontos localizados às margens da rodovia.
Os embarques começam em Paramirim-BA e finalizam em Montes Claros-MG, já os desembarques começam a partir de Patos de Minas-MG até o ponto final em Monte Aorazível-SP.
SOBRE A HISTÓRIA DA LINHA
O movimento constante de passageiros entre cidades como Palmares Paulista, Severínia, São José do Rio Preto, Tanabi e Monte Aprazível e municípios da região de Guanambi, Livramento, Brumado e Paramirim além de Espinosa, Monte Azul e Mato Verde, está diretamente ligado ao avanço do setor sucroenergético e das frentes agrícolas no oeste e noroeste paulista.Nas últimas décadas, essa região de São Paulo consolidou-se como um dos maiores cinturões de cana-de-açúcar, laranja e grãos do país, com usinas, destilarias, centros de processamento e fazendas que demandam mão de obra intensiva em diferentes etapas da produção, desde o manejo agrícola até atividades industriais dentro das usinas.
Esse crescimento ampliou a necessidade de trabalhadores sazonais e permanentes, atraindo moradores do semiárido baiano e do norte mineiro, onde a oferta de empregos formais no campo é mais limitada. A migração se intensificou especialmente a partir do momento em que essas cidades nordestinas enfrentaram longos ciclos de estiagem e redução de atividades agrícolas tradicionais, fazendo com que muitos trabalhadores buscassem no interior paulista uma forma estável de renda.
Nesse processo, municípios como Ribeirão Preto, Sertãozinho, Pitangueiras, Bebedouro, Catanduva e São José do Rio Preto tornaram-se referências para quem se desloca com destino às usinas, aos pomares ou às empresas que prestam serviços para o agronegócio. É por isso que os ônibus que ligam Bahia, Norte de Minas e Oeste Paulista mantêm um fluxo constante: grande parte dos passageiros viaja para trabalhar em atividades agrícolas, ou retorna periodicamente às cidades de origem para manter vínculos familiares.
A rota também é reforçada por quem trabalha de forma fixa em cidades como Severínia, Palmares Paulista, Monte Aprazível e Tanabi, mas viaja com frequência para rever parentes na Bahia e no Norte de Minas, criando um movimento de ida e volta que já se tornou parte da rotina dessas regiões.
Assim, a demanda elevada nessa rota não é recente nem ocasional: ela acompanha a própria formação econômica do interior paulista e a participação histórica de trabalhadores migrantes na sustentação do setor agroindustrial.
