Ficha Técnica do Ônibus
| Empresa | |
|---|---|
| Prefixo | 3150 |
| Carroceria | Paradiso G6 1200 HD |
| Chassis | MB O500 RSD |
| Linha |
D/CARIRA-SE P/CRICIÚMA-SC
|
| Local | |
| Data | 16 de Outubro de 2024 |
Trajeto da Linha
Trajeto da Linha
Vale destacar que, em muitas cidades, os embarques e desembarques acontecem em postos ou pontos de apoio. Também é comum que os ônibus realizem paradas para embarque em pontos localizados às margens da rodovia.
SOBRE A HISTÓRIA DA LINHA
A rota que liga o interior de Sergipe e parte do agreste nordestino ao Sul do Brasil é uma das que mais refletem o deslocamento de trabalhadores em busca de estabilidade e melhores condições de vida. O fluxo de passageiros que parte de cidades como Carira, Nossa Senhora da Glória, Itabaiana, Lagarto, Umbaúba e Cristinápolis em direção a Santa Catarina tem origem em fatores econômicos e históricos que vêm se repetindo há décadas.O Nordeste sergipano é uma região de base agrícola e comércio local, com oportunidades de trabalho muitas vezes limitadas e renda instável. Em contrapartida, o Litoral Norte e o Vale do Itajaí, em Santa Catarina, se consolidaram como polos industriais e de serviços, concentrando indústrias têxteis, metalúrgicas, cerâmicas e de alimentos. Cidades como Joinville, Jaraguá do Sul, Pomerode, Blumenau, Gaspar, Itajaí e Criciúma se tornaram destinos frequentes para quem busca emprego em fábricas e setores ligados à produção e logística.
A construção civil e o turismo também contribuíram para o crescimento da demanda. Regiões como Balneário Camboriú, Itapema e Florianópolis geram ocupação constante, seja em obras, manutenção, hotelaria ou serviços sazonais, atraindo trabalhadores de diferentes partes do Nordeste. Já o Sul Catarinense, com cidades como Tubarão, Orleans e Criciúma, continua absorvendo mão de obra na indústria cerâmica e carbonífera, setores que mantêm vínculos históricos com migrantes vindos do Nordeste.
O trajeto pelo estado de São Paulo, passando por cidades como Franca, Ribeirão Preto, Limeira, Campinas, Jundiaí, Sorocaba e demais cidades, serve principalmente como rota de passagem e ponto de desembarque de alguns passageiros que vieram do Sergipe, porém, nessa linha, o fluxo de passageiros para São Paulo é bem menor, tendo em vista que a demanda atendida é a da região sul.
No Paraná, o movimento de passageiros é relativamente menor, mas ainda significativo, nas cidades de Curitiba e Ponta Grossa que são as únicas paranaenses atendidas pela linha. A capital paranaense concentra um número crescente de nordestinos empregados no comércio, transporte e serviços gerais, o que reforça o fluxo constante nessa rota, o mesmo acontence na cidade de Ponta Grossa.
Essas viagens frequentes mostram que a ligação entre o Nordeste e o Sul do país é sustentada tanto pela necessidade de trabalho quanto pelos laços familiares e sociais criados ao longo do tempo. Muitos desses passageiros hoje já têm parentes fixados em Santa Catarina, o que mantém ativo o fluxo entre as duas regiões.
Mais do que um simples deslocamento, essa linha representa um retrato da migração moderna, marcada pelo esforço, pela distância e pela busca por uma vida melhor em um novo ponto do mapa.

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