CASTELLI TUR 14004


Ficha Técnica do Ônibus

Empresa PE Castelli Tur (PE)
Prefixo 14004
Carroceria Paradiso G7 1600 LD
Chassis MB O500 RSD BlueTec 5
Linha
D/CARUARU-PE P/RIO CLARO-SP
Local Minas Gerais Patos de Minas, Minas Gerais
Data 16 de Outubro de 2024

Trajeto da Linha

PE Caruaru, Agrestina, Cupira, Panelas, Quipapá, Canhotinho, Angelim, São João, Garanhuns, Terezinha e Bom Conselho.

AL Palmeira dos Índios, Estrela de Alagoas, Cacimbinhas, Dois Riachos, Santana do Ipanema, Poço das Trincheiras, Trevo de Maravilha e Delmiro Gouveia.

BA Paulo Afonso, Jeremoabo, Cícero Dantas, Ribeira do Pombal, Tucano, Serrinha, Feira de Santana, Milagres, Jequié e Vitória da Conquista.

MG Salinas, Montes Claros, Pirapora, Patos de Minas, Patrocínio, Serra do Salitre, Araxá e Sacramento.

SP Franca, Batatais, Brodowski, Ribeirão Preto, Sertãozinho, Pontal, Barrinha, Jaboticabal, Monte Alto, Vista Alegre do Alto, Taquaritinga, Santa Ernestina, Dobrada, Matão, Araraquara, Gavião Peixoto, Nova Europa, Tabatinga, Ibitinga, Bariri, Bocaina, Jaú, Pederneiras, Bauru, Lençóis Paulista, São Manuel, Igaraçu do Tietê, Barra Bonita, Mineiros do Tietê, Dois Córregos, Torrinha, Brotas, São Pedro, Águas de São Pedro, Charqueada, Piracicaba, Limeira, Santa Gertrudes e Rio Claro.

Pernambuco, Alagoas e Bahia



Minas Gerais e São Paulo



Vale destacar que, em muitas cidades, os embarques e desembarques acontecem em postos ou pontos de apoio. Também é comum que os ônibus realizem paradas para embarque em pontos localizados às margens da rodovia.

Quando saem dois ônibus de Caruaru, o segundo ônibus segue um roteiro mais direto, depois de Araxá-MG, o ônibus segue até Uberaba-MG, e passa por Igarapava-SP, Ituverava-SP, Guará-SP, São Joaquim da Barra-SP, Orlândia-SP e Ribeirão Preto-SP, depois, faz o mesmo caminho até Araraquara-SP, quando desce direto pra Ibaté-SP, São Carlos-SP, Itirapina-SP e finalizando em Rio Claro-SP. Esse é um trecho mais direto, que só é utilizado quando saem dois carros.

SOBRE A HISTÓRIA DA LINHA

A ligação entre Caruaru, no Agreste pernambucano, e Rio Claro, no interior paulista, é mais do que um simples trajeto de um ônibus. Ela conta a história de décadas de deslocamentos humanos que transformaram tanto as cidades nordestinas de origem quanto os municípios paulistas de destino.

A partir das décadas de 1960 e 1970, a expansão agrícola e industrial do interior de São Paulo criou uma forte demanda por mão de obra. Regiões como Ribeirão Preto, Sertãozinho e Araraquara se consolidaram como grandes polos do setor sucroalcooleiro, com usinas que empregavam milhares de trabalhadores sazonais para o corte da cana-de-açúcar. O Vale do Rio Mogi Guaçu e cidades vizinhas, como Limeira e Piracicaba, destacavam-se pela produção de citros e cana, abastecendo indústrias de suco, açúcar e etanol.

Enquanto isso, no Agreste e Sertão de Pernambuco, Alagoas e Bahia, a vida no campo sofria com a escassez de água, a concentração de terras e a falta de oportunidades de trabalho fora da agricultura familiar. Secas como as de 1958, 1970 e 1983 agravaram a situação. Cidades como Caruaru, Garanhuns, Palmeira dos Índios, Santana do Ipanema e Paulo Afonso se tornaram pontos de partida de milhares de migrantes em busca de estabilidade e melhores condições de vida no Sudeste.

A construção e a pavimentação de rodovias federais como a BR-232 e a BR-116, concluídas em boa parte nos anos 1970, encurtaram as distâncias entre os dois polos. Empresas de transporte rodoviário abriram linhas ligando o agreste pernambucano a cidades paulistas de médio porte, criando um corredor migratório que se manteve ativo por gerações.

Nos anos 1980 e 1990, essa rota viveu seu auge. As usinas de Sertãozinho, Barrinha, Jaboticabal e Taquaritinga precisavam de milhares de cortadores de cana durante a safra, e muitas dessas vagas eram preenchidas por trabalhadores vindos de Pernambuco, Alagoas e Bahia. Alguns migrantes voltavam para suas cidades de origem após a colheita; outros decidiram se estabelecer no interior paulista, dando origem a comunidades nordestinas nessas regiões.

Com o tempo, a linha Caruaru × Rio Claro deixou de transportar apenas trabalhadores temporários. Tornou-se um elo cultural e afetivo entre duas regiões distantes, levando famílias para visitar parentes, participar de festas religiosas, como a do Padroeiro São João em Caruaru e as Romarias em Bom Conselho, ou simplesmente manter os laços com suas cidades de origem.

Observação

O veículo pertenceu anteriormente as empresas: Viação Garcia (PR) 8454 e Classe A Viagens (SP) 8000
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